Alejandro Amenábar escreveu e dirigiu Os Outros (The Others, 2001) dando ao cinema um dos seus melhores terrores psicológicos e a Nicole Kidman a oportunidade de se firmar de vez como grande atriz (no mesmo ano ela fez Moulin Rouge, com o qual foi indicada ao Oscar num ótimo desempenho, mas inferior a este em que foi indicada apenas ao Globo de Ouro). O filme tem seu primeiro acerto no título. Quando se pensa em outros, pensa-se logo em personagens que não os principias, isso ajudou a proteger o segredo do filme, que realmente causa grande surpresa no final, mesmo para quem já viu o filme Ilusões Perigosas (Haunted, 1995), que já trazia semelhante desfecho. O filme mostra Grace, uma mãe tensa e superprotetora, que espera anelante o retorno de seu marido. Sua filha começa a ver outra família habitando a mansão, estabelecendo o terror. O diretor tem um bom roteiro nas mãos e bilha quando causa calafrios na platéia usando elementos tradicionais do gênero, mas com uma economia e requintes primorosos: a velha mansão, dessa vez ainda mais sombria, devido à fotofobia dos filhos, as portas sempre rigorosamente fechadas, os criados suspeitíssimos e o brilhante uso da neblina em uma cena arrepiante em que o diretor nos confunde e assusta com uma aparição das mãos da própria Grace. O filme assusta com sugestões, não com efeitos e sons no máximo. Além do brilhante desempenho de Nicole, também se destacam Fionnula Flanagan como a governanta e Alakina Mann como a solerte filha de Grace. Grande filme.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Os Outros
Alejandro Amenábar escreveu e dirigiu Os Outros (The Others, 2001) dando ao cinema um dos seus melhores terrores psicológicos e a Nicole Kidman a oportunidade de se firmar de vez como grande atriz (no mesmo ano ela fez Moulin Rouge, com o qual foi indicada ao Oscar num ótimo desempenho, mas inferior a este em que foi indicada apenas ao Globo de Ouro). O filme tem seu primeiro acerto no título. Quando se pensa em outros, pensa-se logo em personagens que não os principias, isso ajudou a proteger o segredo do filme, que realmente causa grande surpresa no final, mesmo para quem já viu o filme Ilusões Perigosas (Haunted, 1995), que já trazia semelhante desfecho. O filme mostra Grace, uma mãe tensa e superprotetora, que espera anelante o retorno de seu marido. Sua filha começa a ver outra família habitando a mansão, estabelecendo o terror. O diretor tem um bom roteiro nas mãos e bilha quando causa calafrios na platéia usando elementos tradicionais do gênero, mas com uma economia e requintes primorosos: a velha mansão, dessa vez ainda mais sombria, devido à fotofobia dos filhos, as portas sempre rigorosamente fechadas, os criados suspeitíssimos e o brilhante uso da neblina em uma cena arrepiante em que o diretor nos confunde e assusta com uma aparição das mãos da própria Grace. O filme assusta com sugestões, não com efeitos e sons no máximo. Além do brilhante desempenho de Nicole, também se destacam Fionnula Flanagan como a governanta e Alakina Mann como a solerte filha de Grace. Grande filme.
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Oi, Danilo!
ResponderExcluirEsse filme é realmente extraordinário. Eu fui completamente ludibriada, fiquei sem certeza, por uns dias, ao final, se a vida era realidade ou não passava de ficção...
A propósito, você viu a Origem? Há lá também uma piscadela de olho pras que joga por terra as nossas certezas.
Bjs
Dani
A Nicole Kidman ganhou um Óscar apenas , foi pelo filme As Horas. Pela sua personagem em Moulin Rouge, ela conquistou somente um Globo de Ouro.
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