Criatura do filme A Hora do Espanto
Sou fã desde criança de filmes de lobisomem e, a criatura, de todas, é a que mais me mete medo até hoje. Ver filmes de lobisomem para mim foi sempre, portanto, um prazer um tanto masoquista. Vejo e sofro e fico aterrorizado depois; vindo para casa tarde da noite em uma rua escura, me vêem à cabeça todos os filmes de lobisomem que já vi. Tomara que isso seja normal. Esse Um Lobisomem Americano em Londres (An American Werewolf in London, 1981) do John Landis é o maior representante do gênero, um clássico admirado por público e crítica, que nunca foi superado; a cena do sonho no hospital, me deu um dos maiores sustos da minha vida. A dosagem de humor negro e terror é perfeita e os efeitos especiais não-digitais são magníficos. Os efeitos surpreendem não só na famosíssima transformação (que não considero a melhor isolada, ela empata com a fantástica e dramática transformação do filme A Hora do Espanto (Fright Night, 1985), um filme sobre vampiros, mas onde um deles pode se transformar de vampiro para lobo e o efeito é impressionante), mas também nas cenas do amigo morto de David, que vai literalmente se decompondo a cada aparição. Não é a toa que o filme ganhou o Oscar de melhor maquiagem no ano em que essa categoria foi criada. Tudo no filme é característico e inspiradamente bem dirigido; desde a ambientação, um lugar estranho e misterioso, o pub (que lembra uma antiga taberna) Cordeiro Estraçalhado e seus sinistros e desconfiados freqüentadores; por fim, o famoso aviso “Cuidado com a lua”, tudo dando ao filme um tom verdadeiramente sobrenatural e evocativo das antigas lendas medievais sobre a criatura (a origem do mito é grega). Obs.: John Landis também dirigiu outra obra com um lobisomem, o vídeo Thriller, do Michael Jackson, o vídeo mais premiado da história.
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