sexta-feira, 2 de abril de 2010

Taxi Driver




Taxi Driver (Taxi Driver - Motorista de Taxi, 1976), nos faz mergulhar na vida de Travis, um desajustado sempre à margem da sociedade, e o fato de ser ex-combatente na guerra do Vietnã e sofrer de insônia, não ajuda muito. Travis vai de desilusão em desilusão ficando cada vez mais paranóico e anti-social (as tentativas que faz para evitar isso, são baldadas; a idéia de fazer Travis levar a garota por quem se apaixona a um cinema pornô é genial) até chegar a um ponto de estar desesperado em busca de algum tipo de refrigério que apenas sacia-se violentamente. Travis não tolera os marginalizados dos quais não se dá conta de que também é um, mas a culpa não é dele e nunca sentimos raiva dele, pelo contrário, sentimos uma dó por ele o tempo inteiro e o filme todo é muito triste; é um filme sobre solidão e carência; um filme com um quê de Dostoievski. O encontro com Íris, a prostitua de treze anos (pequena grande Jodie Foster), é uma oportunidade de redenção para ambos e a relação entre os dois é de puro afeto. A direção de Scorsese é perfeitamente ou especialmente crua nesse filme (mostrando que a realidade que o governo passa como oficial, está longe de ser compatível com a realidade das ruas), e ele dá ao filme uma esmagadora verossimilhança mesmo em situações que fogem à realidade. O Filme venceu a Palma de Ouro e consagrou mais ainda a carreira de Robert De Niro, que atua maravilhosamente aqui (com direito a cena improvisada por ele, em que repete no espelho o famoso “Are you talkin’ to me?”, frase que dá nome a este blog. conta ainda com uma linda Cybill Shepherd. Indicado aos Globos de Ouro de ator e roteiro e indicado aos Ocars de filme, ator, atriz coadjuvante e trilha sonora. Imperdível.

Nenhum comentário:

Postar um comentário