Sabe aquele filme que vamos ver sem nenhuma expectativa e nos deparamos com uma boa surpresa? Uma Família Bem Diferente (Breakfast with Scot, Canadá, 2007) (mais uma vez a tradução brasileira peca, ao fazer uma tradução sem graça, como se quisesse suavizar o que já é levíssimo e, pior, o título original já é famoso, pois dá nome ao livro lançado em 1999) é um exemplo. O casal gay, Eric e Sam, tem suas vidas mudadas com a chegada de Scot (com um “t” apenas, rsrs), um menino de onze anos. Scot perdeu sua mãe e seu pai canalha está no Brasil sem mostrar muita preocupação com ele. Scot terá que morar com Eric e Sam até que o pai venha buscá-lo. Eric já foi um astro do hóquei até que, distraído com um garoto, sofre uma contusão no jogo e encerra sua carreira. Cinco anos depois Eric não recebe bem a notícia da chegada de Scot, mas, no desenrolar da história, é justamente Eric que desenvolverá uma bonita relação pai e filho com o menino. O diretor conduz a história leve e bem-humorada, tentando sempre mostrar os gays como pessoas normais e consegue isso lindamente. Os momentos mais engraçados do filme ficam por conta de Scot, pois ele é gaysíssimo, chegando a usar um sinto com poodles e o Eric tentando fazer o menino tomar jeito de homem (= jeito de hétero). Muito interessante a idéia de Michael Downing, autor do livro, de por Scot como um menino com tendências muito gays. Na novela de Downing, o personagem Scot, tido pela crítica como uma das mais ricas personagens infantis dos últimos anos, já chega ao lar do casal com esses traços característicos o que já impede o leitor de fazer ilações sobre se o menino sofrerá ou não influências de comportamento. Filme leve e bem intencionado que merece ser visto.
Amewi este filme, leve é a palavra que o define, junto com Milk um dos melhores filmes de tematica gay que vi nos últimos tempos. Não esdquecendo shortbus, mais achei radicore demais e precisei de uma segunda "assistida" para assimilar e gostar.
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