Esperei muito tempo para ver esse filme, assim como esperei por Titanic, pois gosto do trabalho do James Cameron e gosto de efeitos especiais. Mas não posso dizer que Avatar é maravilhoso apenas pelo aspecto tecnológico. E é justamente o aspecto tecnológico o único ponto alto do filme. James Cameron já fez um filme que foi muito elogiado apenas pelo visual, O Segredo do Abismo, que hoje em dia é visto com bons olhos, talvez isso ocorra com Avatar daqui a alguns anos. Avatar (Avatar, 2009) brilha muito, mas não é uma jóia preciosa. Tem um enredo que apesar de ser basicamente o mesmo de Dança com Lobos, não foi contado a contento, sendo uma salada mista turbinada de várias coisas que já vimos (um animal com a crina em chamas seria uma referência a Dalí?). Tem coisas legais no filme, como o carismático ator Sam Worthington; o vilão de desenho animado, feito por Stephen Lang; a personagem mais humana do filme, a princesa Neyriti (que não é humana, mas uma na’vi) e a espetacular sequência final. Mas nada disso consegue dar fôlego e empolgação ao filme, coisa que o diretor já conseguiu brilhantemente com seu Exterminador 2. O mundo de Pandora é mesmo deslumbrante (o estúdio Weta, do Peter Jackson, tem uma mão nisso) e o 3D é incrível; não é como o 3D visto até agora em outros filmes, aqui tem uma profundidade de cena jamais vista. Só. Esperar uma década para realizar um filme e se preocupar apenas com a tecnologia, sem privilegiar o roteiro, foi realmente uma pisada de bola de Cameron e isso possivelmente atrapalhará sua ambição de Oscars. O Retorno do Rei ganhou o Oscar de melhor filme, mas a historia já era consagrada. Imaginem a tecnologia de Avatar num filme com um roteiro maravilhoso e criativo como o de Distrito 9! Revolução digital por revolução digital, O Parque dos Dinossauros causou mais impacto, só que Spielberg é um gênio.
quarta-feira, 3 de março de 2010
Avatar
Esperei muito tempo para ver esse filme, assim como esperei por Titanic, pois gosto do trabalho do James Cameron e gosto de efeitos especiais. Mas não posso dizer que Avatar é maravilhoso apenas pelo aspecto tecnológico. E é justamente o aspecto tecnológico o único ponto alto do filme. James Cameron já fez um filme que foi muito elogiado apenas pelo visual, O Segredo do Abismo, que hoje em dia é visto com bons olhos, talvez isso ocorra com Avatar daqui a alguns anos. Avatar (Avatar, 2009) brilha muito, mas não é uma jóia preciosa. Tem um enredo que apesar de ser basicamente o mesmo de Dança com Lobos, não foi contado a contento, sendo uma salada mista turbinada de várias coisas que já vimos (um animal com a crina em chamas seria uma referência a Dalí?). Tem coisas legais no filme, como o carismático ator Sam Worthington; o vilão de desenho animado, feito por Stephen Lang; a personagem mais humana do filme, a princesa Neyriti (que não é humana, mas uma na’vi) e a espetacular sequência final. Mas nada disso consegue dar fôlego e empolgação ao filme, coisa que o diretor já conseguiu brilhantemente com seu Exterminador 2. O mundo de Pandora é mesmo deslumbrante (o estúdio Weta, do Peter Jackson, tem uma mão nisso) e o 3D é incrível; não é como o 3D visto até agora em outros filmes, aqui tem uma profundidade de cena jamais vista. Só. Esperar uma década para realizar um filme e se preocupar apenas com a tecnologia, sem privilegiar o roteiro, foi realmente uma pisada de bola de Cameron e isso possivelmente atrapalhará sua ambição de Oscars. O Retorno do Rei ganhou o Oscar de melhor filme, mas a historia já era consagrada. Imaginem a tecnologia de Avatar num filme com um roteiro maravilhoso e criativo como o de Distrito 9! Revolução digital por revolução digital, O Parque dos Dinossauros causou mais impacto, só que Spielberg é um gênio.
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Danilo, quando puder, dê uma passada por meu último post. Eu puxei nele um link para sua resenha de Preciosa.
ResponderExcluirBjos
Dani