quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

“Às vezes, não sentir é o único jeito de sobreviver”.


Lily é uma menina que aos quatro anos mata acidentalmente a mãe e vive com essa culpa. Aos quatorze anos em 1964, ela vive triste ao lado do pai bastante severo (Paul Bettany ótimo) e sem maiores expectativas; ela acha que não pode ser amada e seus pequenos momentos de alegria resumem-se a lembrar da mãe. O ano de 1964 foi histórico nos EUA pela afirmação dos direitos civis dos negros. Sua empregada e amiga, a negra Rosaleen vai se inscrever para ser uma cidadã votante. Ela é brutalmente espancada, coisa banal naquela altura, mesmo os direitos dos negros já vogando. Lily tira sua amiga do hospital e foge, temendo maiores problemas para ela. As duas vão parar na casa das irmãs apicultoras August (Queen Latifah), June (Alicia Keyes) e May (Sophie Okonedo). Neste lugar de paz, com as irmãs com nomes, de meses Lily descobrirá o amor, a dor, e um novo significado para sua vida. A direção é fraquinha, mas o filme tem momentos bonitos e um elenco muito feliz. Dakota Fanning ótima como sempre; as cantoras Jennifer Hudson e Alicia Keys ótimas; Alicia me surpreendeu, não conhecia seu trabalho como atriz. Sophie Okonedo ótima e Queen Latifah ótima e linda. A Vida Secreta das Abelhas é um filme doce como o mel.

Um aparte: Quando vemos em um filme ou lemos num livro passagens como a relatada acima, de negros sendo brutalmente espancados de maneira banal, ficamos chocados e sentimos indignação. Quando sentimos isso, significa que tais ações não fazem mais parte da nossa realidade, caso contrário não sentiríamos o choque. É uma constatação interessante e nos lembra que embora o preconceito ainda exista, muita luta já foi travada e vencida.

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