sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Volver



Volver é mais um trabalho brilhante do Almodóvar. Lindo demais em significado. Uma história de mulheres maravilhosas, onde até o fantasma da vó é um persongem com grande humanidade. Na época do lançamento, o diretor comentou o seguinte numa entrevista: “Volver, sendo meu filme mais bairrista, causou-me temor de que ele só fosse compreendido em La Mancha, onde nasceu. Mas o prêmio (Globo de Ouro) demonstra que o filme tem asas e que em qualquer lugar a luta destas mulheres solidárias e sós, agredidas e agressoras, será compreendida”. Almodóvar consegue como ninguém transformar o absurdo em banal e isso traz uma grande empatia entre expectador e personagens; isso faz com que tenhamos muito carinho por seus filmes. Também é interessante como percebemos um amadurecimento na obra do diretor a cada filme; não é uma mudança que passa despercebida; ela é patente em cada cena, em cada atitude dos personagens e no conjunto. Tudo leva a crer que ainda vamos ter muitas obras-primas desse cineasta que nunca deixou de ser autêntico. Quanto à Penélope Cruz, o que posso dize é que eu era indiferente a ela até ver este filme. Está perfeita em atuação, canto e beleza, sendo indicada ao Oscar.

Um comentário:

  1. Danilo, gosto bastante do Almodóvar como você e acho que ele e a Penelope trabalham incrivelmente bem juntos. Confesso que não achei "Volver" um trabalho excepcional - saí do cinema ao mesmo tempo um pouco chateada com a obviedade do enredo e alegre por ser este um trabalho tão acessível e "entertaining". Em compensação, achei "Abraços partidos" muitíssimo interessante - inclui-o na minha lista pessoal dos melhores que vi em 2009 (dê uma olhadinha nela no meu blog).

    Bjinhos e até logo
    Dani

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