Moulin Rouge é uma festa para os sentidos. Uma obra de arte que palpita na tela, pretes a pular em cima do espectador. Para um amante da arte, equivale a uma dose de êxtase, comprimidinhos tão coloridos quanto o filme. Só que aqui não há danos para o cérebro; pelo contrário, em nossa mente, injeta-se uma dose sanativa de arte, como se o próprio Toulouse-Lautrec o pintasse. O Moulin Rouge foi o mais famoso cabaré de Paris (assim como foi o Chanteclair no Recife) e Baz Luhrmann mostra-o como uma estrutura de vida própria. O diretor ainda usou uma edição ultra-rápida, criativos movimentos da câmera e um tipo colagem com inúmeras referências pop. Cenários, fotografia, figurinos e maquiagem não são menos que soberbos. De todas as surpresas a trilha sonora foi a maior; não apenas fez junções impensáveis, como recriou algumas músicas. Quem pensaria em Jim Broadbent cantando Like a Virgin de Madonna? Baz Luhrmann pensou e o resultado é impagável. Minha cena preferida é El Tango de Roxanne. Oscar de melhor atriz para Nicole Kidman. Não deixe de se envolver nessa cortina vermelha.
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